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A Herdeira Mais Herege Está de Volta: Anime The Most Heretical Last Boss Queen Terá Segunda Temporada Confirmada



No último dia 29 de junho de 2025, o site oficial da adaptação em anime da série de light novels The Most Heretical Last Boss Queen: From Villainess to Savior (Higeki no Genkyō to naru Saikyō Gedō Last Boss Joō wa Min no tame ni Tsukushimasu.), de Tenichi e Suzunosuke, anunciou oficialmente a segunda temporada do anime. A notícia foi celebrada com uma ilustração comemorativa desenhada por Suzunosuke e compartilhada nas redes sociais do projeto, confirmando que a história da peculiar princesa Pride Royal Ivy está longe de acabar.


Um Retorno Esperado

A primeira temporada do anime estreou em julho de 2023, recebendo atenção tanto por seu enredo criativo quanto pelo modo como reinterpreta os clichês do gênero isekai e dos jogos otome. Produzido pelo estúdio OLM Team Yoshioka, sob direção de Norio Nitta (Kami-sama Minarai: Himitsu no Cocotama), o anime rapidamente conquistou uma base sólida de fãs, especialmente entre os admiradores de histórias sobre vilãs redimidas e reencarnação.

A adaptação foi licenciada pela Sentai Filmworks, que transmitiu os episódios simultaneamente no serviço HIDIVE. A recepção positiva levou à distribuição da série em mídia física: o Blu-ray da primeira temporada foi lançado em outubro de 2024, consolidando o sucesso comercial da obra.


Sobre a História: De Vilã a Heroína

The Most Heretical Last Boss Queen é baseada em uma série de light novels escritas por Tenichi e ilustradas por Suzunosuke, cuja publicação começou no popular site de autopublicação Shōsetsuka ni Narō em abril de 2018. O sucesso online levou à publicação impressa pela editora Ichijinsha, com o primeiro volume físico lançado em junho de 2019.

A trama gira em torno de Pride Royal Ivy, uma jovem princesa de apenas oito anos que subitamente se lembra de sua vida passada: ela percebe que reencarnou dentro de um jogo otome no qual está destinada a ser a “última chefe” — a rainha cruel e impiedosa que trará desespero a todos os personagens masculinos e ao reino como um todo.

Porém, ao invés de seguir cegamente o roteiro maligno predestinado, Pride decide mudar o curso de sua história. Em vez de se tornar a vilã, ela busca usar sua inteligência afiada, seus poderes excepcionais e sua posição privilegiada como princesa herdeira para ajudar os outros, proteger os “interesses amorosos” masculinos e promover o bem. Seu objetivo passa a ser evitar tragédias e guiar o reino com bondade — mesmo que, para isso, ela precise burlar as regras do jogo e “trapacear” o destino.

Essa inversão de papéis transforma a história em uma mistura cativante de fantasia, ação, drama de corte, comédia leve e crítica aos arquétipos tradicionais dos jogos de romance.


Produção e Equipe Criativa

O anime conta com roteiro de Deko Akao, conhecida por trabalhos em títulos populares como Noragami e Pokémon: Journeys. A responsabilidade pelo design de personagens ficou a cargo de Hitomi Kōno, e a trilha sonora foi composta por um time talentoso formado por Hanae Nakamura, Tatsuhiko Saiki, Kanade Sakuma e Junko Nakajima. A união dessa equipe deu à série uma identidade visual elegante e uma trilha sonora que equilibra emoção, ação e leveza.

A produção também recebeu elogios pela forma como tratou o desenvolvimento dos personagens secundários, revelando camadas emocionais e motivações mais profundas do que o esperado em um anime que, à primeira vista, parece seguir a fórmula comum dos isekais e dos otomes.


Expansões e Novidades no Mangá

O universo de The Most Heretical Last Boss Queen também se expandiu para os mangás. A adaptação em quadrinhos, intitulada “The Most Heretical Last Boss Queen: From Villainess to Savior – To The Savior”, começou a ser publicada em junho de 2023 na revista Monthly Comic Zero-Sum, da Ichijinsha. O mangá oferece uma releitura visual das novelas, com foco ainda maior nas relações interpessoais e no mundo do jogo.

Em março de 2025, a série foi relançada com um novo arco e um novo título: The Savior's Pride, indicando um aprofundamento da transformação de Pride enquanto líder e símbolo de mudança. Essa nova fase promete trazer desafios inéditos à protagonista, além de explorar de maneira mais densa a política do reino, a ameaça de novas vilãs e as consequências de interferir no destino predeterminado dos personagens do jogo.

Tanto as light novels quanto a adaptação em mangá estão sendo lançadas oficialmente em inglês pela Seven Seas Entertainment, o que amplia o acesso da obra para o público ocidental.


O Impacto e o Carisma de Pride Royal Ivy

O sucesso de The Most Heretical Last Boss Queen se deve, em grande parte, à protagonista carismática e multifacetada. Pride não é uma típica heroína passiva ou um estereótipo da “vilã má que vira boazinha por amor”. Ela é estratégica, altruísta, mas também luta com os próprios impulsos sombrios — o que a torna humana e realista.

Ao ter consciência da sua posição como futura antagonista, ela escolhe deliberadamente agir de forma oposta, mesmo quando isso significa sofrer as consequências ou assumir o papel de vilã aos olhos de outros. Sua luta é tanto interna quanto externa: ela precisa provar ao mundo que é mais do que o papel que lhe foi designado, e isso ressoa fortemente com públicos que também enfrentam expectativas rígidas da sociedade.

Além disso, a obra se destaca por não depender exclusivamente de romance para avançar sua narrativa. O foco está no crescimento pessoal, nos vínculos criados com os outros personagens — sejam eles aliados, rivais ou familiares — e nas escolhas morais de Pride, que determinam o rumo da história.


Segunda Temporada: O Que Esperar?

Com o anúncio da segunda temporada, os fãs podem esperar um aprofundamento ainda maior na jornada de Pride. Embora detalhes sobre a trama ainda não tenham sido revelados, a nova fase do mangá e o material já disponível nas novels sugerem que a protagonista enfrentará:

  • Invasões e guerras políticas que testarão sua liderança;

  • Personagens antagonistas inéditos, com habilidades e motivações complexas;

  • Dilemas emocionais envolvendo sua identidade, sua missão e sua visão de justiça;

  • Revelações sobre o sistema do jogo e seus “bugs” causados pelas mudanças que ela promove.

Tudo isso deve vir acompanhado de animação mais refinada, trilha sonora empolgante e uma narrativa ainda mais intensa. Se a primeira temporada foi sobre reescrever o destino, a segunda promete ser sobre enfrentar as consequências dessa reescrita.


Conclusão

O anúncio da segunda temporada de The Most Heretical Last Boss Queen é mais do que uma simples continuação de um anime de sucesso. Trata-se da confirmação de que histórias que subvertem expectativas e promovem protagonismo feminino forte e consciente têm espaço e demanda no mercado de animes.

A saga de Pride Royal Ivy é uma metáfora poderosa sobre a liberdade de mudar nossos destinos, mesmo quando tudo parece pré-determinado. Sua recusa em seguir o script da vilã mostra que não somos prisioneiros das expectativas alheias — seja num jogo, numa sociedade ou numa narrativa.

Ao unir elementos de isekai, romance, drama, ação e política, a obra cria um equilíbrio raro e instigante que agrada fãs de diversos gêneros. E com a produção da segunda temporada já confirmada, o público poderá mergulhar ainda mais fundo nesse universo rico e cheio de possibilidades.

Se você ainda não conhece The Most Heretical Last Boss Queen, este é o momento ideal para começar. E para os fãs de primeira hora, resta apenas comemorar: a rainha mais herege — e mais amada — do mundo dos animes está voltando em grande estilo. 

fonte: https://www.animenewsnetwork.com/news/2025-06-29/the-most-heretical-last-boss-queen-anime-gets-2nd-season/.226145