A Bandai Namco Entertainment revelou nesta terça-feira (24) o trailer do prólogo de seu mais novo jogo, Towa and the Guardian of the Sacred Tree, um título descrito como um roguelite isométrico 2D que promete combinar narrativa profunda, jogabilidade estratégica e visual encantador. O jogo tem lançamento marcado para o dia 19 de setembro de 2025, com versões confirmadas para PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC (via Steam).
O jogo é desenvolvido pelo estúdio Brownies, conhecido por títulos como Fantasy Life e outras produções com estética estilizada, elementos mágicos e enredos emotivos. Desta vez, o estúdio mergulha em um universo completamente novo, repleto de mitologia, rituais e ameaças sobrenaturais.
A história se passa em uma terra longínqua, onde a vila pacífica de Shinju está ameaçada por uma força maligna chamada Magatsu, um ser que busca dominação total através de seus servos corrompidos e energia sombria. Diante da ameaça crescente, surge Towa, a sacerdotisa da vila, como símbolo de esperança e liderança.
Towa não está sozinha. Ao seu lado estão oito Guardiões únicos, cada um com personalidades distintas, habilidades próprias e uma missão em comum: derrotar Magatsu e restaurar a paz à terra sagrada.
A jogabilidade de Towa and the Guardian of the Sacred Tree se destaca por uma abordagem estratégica e personalizada, típica dos jogos do estilo roguelite. A cada missão, o jogador escolhe dois Guardiões para acompanhá-lo na jornada — um empunha a lendária espada sagrada Tsurugi, enquanto o outro manipula a vara mágica Kagura, dois artefatos místicos com papéis cruciais na batalha contra o mal.
Cada Guardião tem conjuntos únicos de habilidades, que podem ser desbloqueados e aprimorados tanto dentro das masmorras quanto por meio de uma progressão paralela no mundo central do jogo — a vila de Shinju. Essa mecânica chamada de meta-progression permite que o progresso não se limite às fases, criando um ciclo envolvente de crescimento contínuo e recompensas persistentes.
Além das habilidades, os jogadores poderão coletar materiais durante suas explorações para forjar ou melhorar suas armas, o que introduz uma camada adicional de personalização e estratégia. A combinação entre espadas, feitiços, estilos de jogo e sinergia entre os personagens transforma cada missão em uma experiência única, incentivando a experimentação e a rejogabilidade.
Outro ponto forte do jogo é a forma como ele integra narrativa e progressão, principalmente na evolução da vila de Shinju. À medida que os jogadores avançam nas missões e enfrentam novos desafios, a vila se transforma, refletindo o impacto das ações do jogador no mundo ao seu redor.
Com o passar do tempo e o desenrolar da história, os habitantes da vila revelam mais sobre suas origens, culturas e conflitos internos. Esses laços emocionais fortalecem a imersão e tornam cada reencontro significativo. Não se trata apenas de salvar o mundo, mas também de entender e reconstruir a comunidade ameaçada pela escuridão.
Essa ambientação afetiva e detalhada é uma marca registrada do estúdio Brownies, que mais uma vez investe em desenvolver relações profundas entre o jogador e os personagens secundários — algo que transforma o jogo em uma jornada pessoal e não apenas em uma sequência de batalhas.
Um destaque importante de Towa and the Guardian of the Sacred Tree é sua trilha sonora, que está sendo composta por ninguém menos que Hitoshi Sakimoto, um dos maiores nomes da música para games no Japão. Sakimoto é conhecido por trabalhos em clássicos como Final Fantasy Tactics, Vagrant Story, Odin Sphere e Tactics Ogre.
Sua abordagem orquestral, rica em texturas e temas dramáticos, combina perfeitamente com a ambientação mística e emocional do novo jogo. A expectativa é que a trilha seja não apenas um pano de fundo sonoro, mas parte ativa da experiência narrativa, aumentando a tensão nos combates e aprofundando a atmosfera da vila.
Visualmente, o jogo adota um estilo 2D isométrico, com gráficos desenhados à mão e animações fluidas. A arte remete a pinturas tradicionais japonesas misturadas com traços modernos, oferecendo um visual vibrante e nostálgico ao mesmo tempo. Os cenários vão desde campos floridos e florestas encantadas até templos antigos e cavernas sombrias, cada um com sua própria ambientação visual e sonora.
A decisão de manter o jogo em 2D isométrico contribui para o charme da obra e facilita a clareza tática durante os combates, além de permitir que os artistas explorem ângulos e composições visuais que favorecem o design dos personagens e do mundo.
Embora o mercado de roguelites esteja repleto de títulos aclamados, Towa and the Guardian of the Sacred Tree aposta em diferenciais importantes para se destacar: uma forte ligação com a cultura japonesa, um núcleo narrativo emocional, personagens carismáticos e uma progressão que respeita tanto a rejogabilidade quanto o investimento afetivo dos jogadores.
Ao combinar ação, construção de mundo, personalização e laços interpessoais, o jogo se afasta das experiências genéricas e se aproxima de algo mais profundo — uma fábula moderna sobre fé, responsabilidade e coletividade.
A inclusão de ciclos temporais e evolução da vila também remete a jogos como Moon e ActRaiser, onde o jogador não apenas enfrenta inimigos, mas também participa ativamente da reconstrução e desenvolvimento de uma sociedade.
Towa and the Guardian of the Sacred Tree é uma promessa ambiciosa da Bandai Namco e do estúdio Brownies, que une elementos clássicos e modernos para oferecer uma experiência memorável. Com lançamento agendado para setembro de 2025, o título chega em um momento de alta para os indies e roguelites, mas com a vantagem de trazer consigo o peso de um estúdio experiente, uma trilha sonora magistral de Hitoshi Sakimoto e uma proposta estética e narrativa que o diferencia da concorrência.
Seu sistema de combate baseado em duplas de Guardiões, combinado com personalização profunda, evolução comunitária e narrativa ramificada, garante ao jogo potencial para se tornar um dos grandes destaques do segundo semestre.
Se você é fã de jogos com alma, que misturam mitologia, estratégia, emoção e crescimento — tanto de personagens quanto de mundos —, Towa and the Guardian of the Sacred Tree merece estar no seu radar. A jornada para restaurar a paz em Shinju não será fácil, mas promete ser inesquecível.
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